Muito tem se discutido sobre a inclusão de pessoas com necessidades especiais, na escola, no trabalho e nos espaços sociais em geral. Porém, isso não significa que a inserção destes nos diversos setores da sociedade seja uma prática corrente. Ao nos depararmos com a problemática da educação inclusiva no Brasil é possível perceber que a assistência social é feita a partir da distribuição de alguns benefícios e parcos recursos. Em cada um destes setores o foco de atendimento é o contexto da vida familiar, comunitário e social. No que tange a saúde, o mesmo aluno é tratado como “paciente”, sujeito a intervenções tardias e de cunho curativo. No âmbito da sala de aula, os professores também não se sentem preparados para trabalhar com as diversidades desse alunado, com a complexidade e amplitude dos processos de ensino e aprendizagem. Esta dura realidade evidencia o confronto de tendências entre os adeptos da educação inclusiva (em escolas comuns) e os defensores da educação especial (escola especializada em determinada deficiência).
Portanto, precisamos de ações e medidas que visem assegurar os direitos conquistados, a melhoria na qualidade da educação, o investimento na formação dos profissionais, a remoção de barreiras físicas e atitudinais, a previsão e provisão de recursos materiais e humanos. Nesta perspectiva, se potencializa um movimento de transformação da realidade para que possamos reverter o percurso da exclusão de crianças, jovens e adultos com ou sem deficiência no sistema educacional.
Lene Sousa
